Vila do Touro
HISTÓRIA BREVE
A antiga presença humana na zona é atestada pelos vestígios proto-históricos encontrados no interior do atual castelo.
No início do século XIII, o rio Côa marcava a fronteira entre Portugal e Leão, pelo que houve uma preocupação com a sua defesa.
Em 1220, Pedro Alvites, Mestre da Ordem do Templo, concedeu carta de foral à Vila do Touro. Entre as obrigações da população, encontrava-se a de construir o castelo. Subsistem apenas dois panos de muralha, aproveitando o relevo entre barrocos, sem vestígios de torres. Provavelmente, a construção ficou inacabada. Segundo as Inquirições de 1290, terá sido destruído pelo concelho da Guarda, preocupado com a ameaça que poderia representar para a manutenção do seu ascendente na zona.
Em 1319, a Vila do Touro, com a extinção da Ordem do Tempo, passou para a Ordem de Cristo, tendo visto o seu foral renovado, por D. Manuel, em 1510.
PARA UMA VISITA
Pertenceu, a partir do século XIII, à ordem do Templo e à sua continuadora Ordem de Cristo. O castelo, que começou a ser edificado naquela época, permanece inacabado, com uma única porta de entrada e dois panos de muralha que se adaptam ao relevo do terreno. No interior, diversos tabuleiros de jogo gravados em afloramentos rochosos testemunham uma forma de
ocupação de tempos livres pelos seus construtores ou guarnição militar.
Da sua zona mais elevada, avista-se amplo panorama, com as principais elevações da região bem nítidas: São Cornélio, Cabeço das Fráguas, Guarda, Jarmelo, Caria Talaia, Sabugal Velho, etc.
Num breve trajeto com partida do pelourinho, as ruas Direita e de Pedro Alvito apresentam diversas janelas manuelinas (séc. XVI) ou dos séculos seguintes. No final deste arruamento, encontra-se a capela de Nossa Senhora do Mercado, interessante capela com alpendre. Junto ao caminho que desce a partir desta, encontramos um tabuleiro de jogo gravado num afloramento rochoso. A poucos metros, está a porta de entrada do castelo.
Existe ainda na zona a oeste da estrada, uma curiosa casa do barroco, construída envolvendo um grande penedo granítico. Para além da igreja matriz, duas outras capelas merecem uma visita: a de São Sebastião e a de São Gens, numa zona elevada fronteira à vila. Aqui, para além da capela, podemos encontrar antigas eiras bem como as cruzes do antigo Calvário.
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