Histórico
Se quer entrar na História e surpreender os sentidos, Sabugal é uma boa porta de entrada.
São diversos os testemunhos arqueológicos que atestam a ocupação humana no vale superior do rio Côa, ao longo dos tempos. No Museu Municipal do Sabugal estão expostas as melhores evidências da permanência dessas comunidades humanas que, entre a pré-história e a formação da nacionalidade, exploraram e defenderam o Alto Côa.
Estão cartografados indícios de ocupação pré-histórica a partir do Neolítico, mas são os períodos do Calcolítico e da Idade do Bronze, que atestam um maior número de povoados e de achados arqueológicos avulsos.
Na Idade do Ferro, as comunidades lusitanas deixaram diversos vestígios materiais e restos dos seus castros amuralhados no topo elevado de alguns relevos.
A presença romana é conhecida por múltiplos sítios espalhados pelo território, mas é sobretudo forte a quantidade de epígrafes conhecidas (inscrições em baixo relevo talhadas na pedra),e que estão expostas no museu, que demonstram a potencialidade da romanização da região e a aculturação das populações indígenas locais.
Há também vestígios de calçadas, pontes e miliários que assinalam a passagem das vias mais importantes pelo Alto Côa.
Já no período da reconquista cristã e na época de formação da nacionalidade, a estruturação deste território fez-se por intermédio da criação de unidades administrativas concelhias sediadas em Alfaiates, Sabugal, Sortelha, Vila do Touro e Vilar Maior.
Nestas localidades congregaram-se os poderes políticos, judiciais, militares e económicos. Poderes que se ostentaram em diversos imóveis que ainda hoje poderá observar ou visitar.
Em volta destes imóveis criaram-se diferentes vias, assinaladas por pontes e alminhas, com os pequenos núcleos populacionais e casais espalhados pelos seus percursos onde também se reconhecem algumas sepulturas antropomórficas (escavadas na rocha).