‘Recuperação das Margens do Côa entre Pontes' - 2.ª Fase (Praia Fluvial)
Os trabalhos da empreitada iniciaram em setembro de 2022, pretendendo a Câmara Municipal com esta obra expandir a área balnear existente, criando melhores condições de conforto para os seus utilizadores.
Nesse sentido, foram estabelecidas quatro orientações a aplicar na conceção deste projeto:
- Preservar a identidade do espaço a intervir;
- Valorizar os elementos que constroem o espaço a intervir;
- Dinamizar as atividades no espaço a intervir;
- Promover o Rio Côa (Praia Fluvial da Devesa).
Esta obra, no valor de cerca de 767 mil euros e com um prazo de execução de 365 dias, engloba um espaço dotado de diversas zonas e ambientes, promovendo a sua multifuncionalidade e contribuindo para o aumento das suas valências e oportunidades de utilização. Preveem-se as seguintes intervenções/elementos na margem direita, onde se localiza a praia fluvial existente:
- Recarga do areal existente, com areia fina e instalação de cadeira anfíbia e tapete para pessoas de mobilidade condicionada;
- Reabilitação e reformulação do bar existente, mantendo a sua esplanada, sanitários, balneários e I.S. de apoio à praia fluvial;
- Introdução de um cais para canoas e kayaks;
- Criação de um parque de jogos infantis, através da relocalização dos equipamentos infantis existentes num recinto destinado ao recreio infantil, e de um hangar náutico;
- Criação de um parque de merendas, incluindo a relocalização das mesas e bancos de picnic e papeleiras existentes, a introdução de novo mobiliário urbano e construção de uma churrasqueira, para apoio aos utilizadores deste espaço.
Para o projeto supramencionado foram definidos os seguintes 13 objetivos de base a prosseguir no desenho e desenvolvimento:
- Definição de múltiplos usos para o espaço da Praia Fluvial da Devesa existente, conferindo atratividade e conforto aos utilizadores;
- Integração e tratamento paisagístico;
- Redefinição das áreas de recreio infantil;
- Alteração e ampliação do edifício onde se insere o bar com esplanada, as instalações sanitárias, os vestiários e os balneários, com o intuito de potenciar a operacionalidade e funcionalidade do espaço, contribuindo para a criação de condições de conforto e higiene para os seus utilizadores;
- Requalificação do açude existente e da linha de água adjacente, através de colmatação da vegetação ripícola;
- Criação de acessos e percursos, sendo privilegiada a acessibilidade a todos, privilegiando-se os materiais permeáveis e semipermeáveis, e assegurando-se o atravessamento do Rio Côa através da requalificação do pontão-açude e criação de nova ponte pedonal;
- Redefinição e requalificação das zonas de entrada, proporcionado um acesso facilmente identificado, mais acolhedor e esteticamente apelativo;
- O parque de estacionamento existente que dista 350m e as diversas baias de estacionamento existentes na proximidade, em ambas as margens, permitem apoiar os banhistas que demandem a praia fluvial;
- A utilização de espécies de vegetação adaptadas às condições e da foclimáticas do local, criando zonas com distintos ambientes, permitindo zonas de sombra e de sol (para banhos de sol);
- Criação de um espaço atrativo, acolhedor e inovador, potenciando os recursos paisagísticos endógenos;
- Apresentar soluções construtivas ligeiras, com flexibilidade e adaptabilidade (que apostam de modo inequívoco na reversibilidade, sem danos ou quaisquer resíduos no ambiente), de forma a dar resposta às várias necessidades e solicitações que poderão ocorrer, soluções construtivas, dentro possível, amovíveis;
- Possuir condições de segurança geral, nomeadamente no que se refere a aspetos de saúde e higiene, apoio com nadador-salvador, recolha diária de resíduos, segurança contra incêndios;
- Possuir soluções que vão de encontro à minimização dos gastos de exploração, nomeadamente no que se refere aos materiais de construção, gastos energéticos, e manutenção do espaço.
Para além disso, preveem-se ainda as seguintes intervenções/elementos:
- Reabilitação/restauro do açude existente;
- Criação de uma ponte pedonal.
A intervenção proposta apresenta uma área destinada a recreio e lazer com cerca de 10.500 m2, considerando-se a capacidade de carga máxima de 1pessoa/25m2 para a prática balnear, pode concluir-se que este espaço comporta, um máximo, de cerca de 420 utilizadores.
O novo traçado geral proposto para o espaço integra seis entradas, todas situadas na margem direita das quais quatro são pré-existentes, e que pretendem facilitar o acesso direito aos diversos momentos que ocorrem neste espaço.
De noroeste para sudeste, contam-se os seguintes locais de entrada:
(1) a partir do acesso proveniente da Avenida Ismael Mota (já existente) e na continuidade da área de intervenção da 1.ª fase do projeto;
(2)(3) associadas ao novo arruamento a edificar;
(4) a partir da Rua do Rio Côa (já existente), prevendo-se a reformulação da entrada existente;
(5) entrada para o parque Infantil (já existente) e
(6) entrada para o futuro parque de merendas.
O espaço será percorrido por diversos percursos pedonais, apresentando pequenos circuitos no seu interior que permitem o acesso às suas diversas funcionalidades e contemplação da sua envolvente. Ao longo do espaço vão surgindo alguns atravessamentos ao percurso principal que encaminham os utilizadores para os planos de acesso à água.
No âmbito desta intervenção, encontram-se ainda previstos novos acessos à água, através de escadas em aço inox, que irão substituir as escadas existentes que se encontram degradadas. Na margem direita, a área de intervenção será delimitada por uma vedação de madeira, complementando a vedação já existente, prevendo-se também a introdução de uma vedação metálica na envolvente do novo arruamento a edificar, no parque infantil e no acesso ao cais ancoradouro.