PR3 – Nascente do Côa
Ficha Técnica
Nome do Percurso: Nascente do Côa
Localização: Freguesias: Fóios
Acessos: EM 538
Tipo de Percurso: Pequena Rota Circular
Partida e chegada: Largo da Praça, Fóios
Coordenadas GPS: 40º17’13,19’’N 6º53’33,84’’O
Distância: Distância total a percorrer: 14,3 Km
Desníveis Acumulados: +407,0 m; – 407,0 m
Altitude Máxima e Mínima: 1222.0m; 930.0 m
Duração: 4 horas e 30 min
Grau de Dificuldade: III-Algo Difícil
Época Aconselhada: Todo o ano
PR3 (Descrição do percurso nos dois sentidos)
No sentido aconselhado
O percurso inicia-se no Largo da Praça, espaço mais central dos Fóios. Daqui, segue para sul, por entre pequenos lameiros e soutos. Depois de atravessar o Rio Côa, os matos e os pinhais começam a dominar a paisagem, até à fronteira, de onde se avistam extensas áreas de Espanha e Beira Baixa. A rota ruma depois a nordeste, ao longo da fronteira, numa área agreste marcada pela rudeza do clima. A vegetação é rasteira e esparsa, deixando apreciar as espectaculares formas de erosão granítica, das quais se destaca a fraturação ortogonal perfeita, que origina as chamadas “mesas” que deram o nome à serra. Por entre este autêntico “museu geológico” ao ar livre, vamos subindo até perto do cume da serra, a 1256 metros. A descida de volta aos Fóios inicia-se, passando pela nascente do Rio Côa. Este local, tal como toda a área do percurso, está integrado na “Rede Natura 2000” e mereceu a implantação de uma “Estação de biodiversidade” onde se ilustram os habitas da área, destacando-se as borboletas e outros insectos. O percurso aproveita depois um troço do “caminho do contrabando”, usado nas deslocações para as aldeias espanholas. Já próximo dos Fóios, entra-se numa área de grande beleza, com lameiros verdejantes, carvalhais e grandes castanheiros separados por muros de xisto.
No sentido contrário
O percurso sai do Largo da Praça, nos Fóios, em direção a nordeste. Atravessa logo depois, uma área de grande beleza, com lameiros, carvalhais e soutos antigos bordejados por muros de xisto. Depois atravessa o Rio Côa e toma um troço do antigo “caminho do contrabando”, usado nas deslocações para Espanha no âmbito desta atividade tão marcante no século passado nas terras raianas. Já perto da nascente do Côa, aproveita o percurso da “Estação da Biodiversidade”, que enaltece a riqueza natural desta área, integrada na Rede Natura 2000, através de painéis interpretativos da flora e fauna locais, especialmente os insectos. Estamos agora numa área bastante agreste, com vegetação rasteira e esparsa e pontuada por formas de erosão granítica espectaculares, nomeadamente a fraturação ortogonal perfeita, que origina as chamadas “mesas”. O percurso continua para sul, junto à fronteira até “Cancho sozinho”, miradouro natural de onde se alcançam extensas áreas de Espanha e Beira Baixa. Daqui segue ao longo de um vale aberto e rectilíneo ocupado por pastagens, depois passa numa área de matos e pinhais e antes de entrar novamente na aldeia atravessa hortas e lameiros adjacentes ao Rio Côa.
PR3 (características mais relevantes)
Esta pequena rota começa na aldeia mais alta do concelho, (Fóios, acima dos 900 m) e passa perto do cume da serra mais elevada, (Serra das Mesas, 1256 m). A altitude relativamente elevada desta área confere-lhe características especiais, a nível do clima, que por sua vez influencia a flora, fauna e paisagem em geral. Com efeito, estas características aliadas ao facto de estar inserida em “Rede Natura 2000” mereceu a implantação de uma “Estação da Biodiversidade”, uma das doze a nível nacional, deste projeto da TAGIS e do Museu Nacional de História Natural e que ilustra os habitats locais, com especial destaque para os insectos. No terreno, consiste num caminho de 1km próximo da nascente do Rio Côa, com 8 painéis temáticos, caminho esse que foi obviamente aproveitado pela pequena rota.
Para além da fauna e flora, a natureza brindou-nos com curiosas formas de erosão granítica, como os blocos em pedestal, os caos de bolas e a fraturação ortogonal. De assinalar também a presença de uma turfeira de altitude, com plantas típicas destas áreas com solos ácidos e com fraca drenagem.
O enquadramento geográfico deste local é outra mais-valia que vamos explorar, através de um painel interpretativo. Estamos na confluência de quatro regiões, duas em Portugal (Beira baixa e Beira Alta) e duas em Espanha (Extremadua e Castilla y Leon). Aqui nasce o rio Côa e o Águeda, outro importante afluente do Douro, nasce a poucos km, em território espanhol. Além disto, daqui observam-se as grandes unidades de relevo: A “Meseta ibérica”, a “Cova da Beira” e o “Sistema Central”.
Próximo da aldeia, destacam-se os soutos de grandes castanheiros, alguns deles seculares e tão grandes que os ramos de baixo são suportados com varas para não caírem no chão.
Faça download do percurso e visualize-o no Google Earth: Percurso PR 3