PR2 – Vale do Cesarão

Ficha Técnica

Nome do Percurso: Vale do Cesarão

Localização: Freguesias: Vilar Maior

Acessos: EM 567 (Nave-Vilar Maior) e EM 534-1 (EN332-Aldeia da Ribeira-Vilar Maior)

Tipo de Percurso: Pequena Rota Circular

Pontos de Partida/Chegada: Largo da Praça, Vilar Maior

Coordenadas GPS: 40º 28’ 25”, 93 N 6º 56’ 19”, 43 O

Âmbito: Histórico, arqueológico e paisagístico

Distância: Distância total a percorrer 9,4 Km

Desníveis Acumulados: + 326 m; – 326 m

Altitude Máxima e Mínima: Máx.: 796m (Arrifana) Mín.: 650m

Duração: 3 horas

Grau de Dificuldade: III-Algo Difícil

Época Aconselhada: Todo o ano

 

PR2 (Descrição do percurso nos dois sentidos)

No sentido aconselhado

O percurso inicia-se no Largo da Praça, em Vilar Maior. Começa por percorrer esta pitoresca aldeia, passando pelos seus imóveis classificados, destacando-se o pelourinho, a ponte românica e o castelo. Perto deste, deixa a aldeia e desce em direção ao rio Cesarão. Árvores de várias espécies despontam por entre blocos graníticos, desde cerejeiras, amoreiras e nogueiras, a carvalhos e castanheiros. Junto ao rio avistam-se moinhos de rodízio abandonados. Atravessa o rio e dirige-se a Arrifana, por um caminho antigo, com troços de calçada e sepulturas antropomórficas. É uma área de matos e carvalhais, pontualmente com pequenos lameiros. Arrifana é uma pequena aldeia, cujo isolamento contribuiu para preservar a sua arquitectura tradicional. Inicia-se depois uma descida moderada até à área de confluência da Ribeira de Alfaiates e do Rio Cesarão, afluentes principais do rio Côa, apenas a 2km. Os lameiros são bordejados por grandes árvores e são inúmeros os testemunhos do aproveitamento da água. Atravessamos poldras e um belo pontão em pedra e voltamos a Vilar Maior, entrando pelo Largo das Portas.

 

No sentido contrário

O percurso sai de Vilar Maior pelo Largo das Portas. Depois contorna a colina do castelo e segue para norte em direção à Arrifana. Finda a suave descida, abre-se um vale mais largo com lameiros bordejados por grandes árvores e inúmeros testemunhos do aproveitamento da água. Inicia-se daqui uma subida moderada até Arrifana, por troços de calçada medieval, muros de pedra e hortas. A pequena aldeia preserva bastante bem a sua arquitectura tradicional. Depois rumamos a Vilar Maior por entre calvalhais e giestais até o caminho atravessar o rio Cesarão. Daqui até Vilar Maior, o trilho sobe moderadamente pela encosta de um vale bastante encaixado e muito arborizado, com cerejeiras, nogueiras, amoreiras, carvalhos e castanheiros. Lá em baixo pontuam os moinhos de rodízio abandonados. Entramos na aldeia e logo avistamos o castelo altaneiro, descendo depois o aglomerado com passagem pelos seus imóveis classificados: As ruínas da Igreja de Santa Maria do castelo, a ponte e finalmente o pelourinho, já muito perto do local de início da pequena rota.

 

PR2 (características mais relevantes)

Este percurso procura mostrar o rico património histórico e arqueológico de Vilar Maior e vale do Cesarão, rio que aqui passa e que vai desaguar no rio Côa.
Vilar Maior é uma povoação com ocupação muito antiga, existindo testemunhos de várias épocas que provam a importância que já teve. Destacam-se o castelo, as ruínas da igreja de santa maria do castelo, o pelourinho e a ponte, todos classificados como imóveis de interesse público. No museu de Vilar Maior, estão expostos objectos de âmbito arqueológico e etnográfico. Ao longo do percurso, existem alguns vestígios arqueológicos medievais, como troços de calçada, sepulturas escavadas na rocha e lagaretas e outros mais modernos como as alminhas.

No Largo das Portas, muito próximo do início do percurso, existem duas casas senhoriais e na parte alta desta antiga vila, existem alguns exemplares de arquitectura tradicional rústica típica desta região. Na localidade de Arrifana, ainda mais periférica e desertificada, também existem vários edifícios de tipologia rústica que mantêm as características originais, com paredes e balcões exteriores em granito. Nos campos à volta destas aldeias, existem elementos arquitectónicos tradicionais interessantes como por exemplo as “taliscas”, passagens estreitas nos muros de pedra, feitas de forma a impedirem a passagem do gado. Na área de confluência das duas ribeiras, perto de Arrifana, existem vários exemplares do aproveitamento e distribuição da água, como açudes, canais, caleiras e noras. O atravessamento das ribeiras faz-se ainda por pontões em pedra e poldras.

Em termos de fauna e flora, existem dois habitats dignos de realce, a galeria ripícola junto aos cursos de água e áreas heterogéneas de matos, afloramentos rochosos e carvalhais. Neste último, e dado que estamos numa área de reduzida pressão humana, podemos observar diversas aves, como o abelharuco, a poupa ou a águia calçada.

 

Faça download do percurso e visualize-o no Google Earth: Percurso PR 2

Folheto